Cascata de hábitos
- Nexus Escola de Movimento
- 23 de out.
- 2 min de leitura
Mudar um velho hábito ou começar algo novo é realmente muito difícil. Isso porque nosso cérebro é especialista em economizar energia. Pelo mesmo motivo, ele também é muito bom em “automatizar” aquilo que se repete, assim a nova tarefa consumirá cada vez menos energia.
Pense na primeira vez que você dirigiu um carro: Pisa na embreagem > Engata a marcha > Olha para frente > Pisa no acelerador > Vai soltando a embreagem > Cuidado para não deixar o carro morrer > Ignora a buzina do apressadinho de trás > Não esquece a seta etc.
Quem dirige há um tempo, ainda pensa em tudo isso, mas com um custo MUITO menor.
Conforme você insiste em um padrão, ele se repete, vai se fixando, virando um hábito, e fica cada vez mais fácil.
Isso pode ser bom ou ruim, porque o cérebro não faz distinção ou julgamento ético/moral. Da mesma forma que a gente pode repetir a tarefa (e criar um hábito) de chegar em casa, colocar um tênis e sair para caminhar, a gente também pode chegar em casa, pedir um delivery, sentar no sofá e ficar no celular. Aos poucos, as coisas vão se conectando, e uma ação puxa a outra: o ato de chegar em casa aciona o próximo hábito que você criou (consciente ou não).
Acordei cedo: volto a dormir ou levanto?
Estou triste: converso com alguém ou vou comer um doce?
Por isso, é comum que a pessoa que começa a dormir melhor, tende a comer melhor, se relacionar melhor, se exercitar melhor etc., enquanto a pessoa que começa a comer pior, tende a dormir pior, se relacionar pior, trabalhar pior etc. É a chamada Cascata de Hábitos.
Mais uma vez fica evidenciado nosso papel de autorresponsabilidade em escolher sabendo que tudo que fazemos é informação que jogamos para dentro, e estamos em constante adaptação.
