Treinar para viver

A gente fala muito sobre "treino", né? Mas, no fundo, o que significa treinar? Para mim, o conceito de "treino" é simples: o ato de te preparar para algo.

E é por isso que não existe essa história de treino ideal, receita mágica ou exercício perfeito. O que existe são pessoas, momentos e objetivos que são só seus. Para alguns, a academia tradicional já resolve. Para outros, uma modalidade esportiva específica é o suficiente. Tem quem prefira uma luta, Pilates, ou quem faça um mix de tudo. E, claro, existem aqueles que não se encaixam em nenhuma dessas caixinhas. E tá tudo bem!

A grande sacada aqui é entender que o treino é SEMPRE o meio, e nunca o fim. O que te serve hoje pode não servir amanhã. O que funcionou pro seu vizinho pode não funcionar pra você. O objetivo não é o treino em si, nunca foi. Não tem essa de "tá pago".

Para mim, por exemplo, o que faz sentido para a minha Saúde é uma visão muito mais ampla e de longo prazo. Eu busco um corpo generalista, que consegue fazer um pouco de tudo e se desenvolve no seu próprio tempo, naturalmente, sem atalhos ou promessas milagrosas. Um corpo que colhe os resultados pelo esforço e pela consistência, e que consegue ser forte, ágil, móvel, inteligente, coordenado e disponível para fazer o que eu quiser, em qualquer momento da minha vida. Esse é o meu motivo, o meu "algo".

Quando eu penso “Treine para viver e não viva para treinar” é uma inversão do senso comum, dessa cultura imediatista e que coloca o treino como finalidade. A vida é a finalidade, o treino é só um meio, que deve me permitir viver melhor.

No fim das contas, cada um de nós tem o seu próprio "algo" para treinar. Seja para melhorar no esporte, pela estética, por uma tendência ou por um "like" nas redes sociais. Seja para viver mais e melhor, ou por qualquer outro motivo que te impulsione.

Eu não treino para ser bom em tudo, muito menos em algo específico. Eu treino para ser capaz de fazer um pouco de tudo que eu quiser em diferentes fases da minha vida. E meus treinos precisam me preparar para isso.

E você? Qual é o seu “algo”?