Curadoria em Saúde
- Nexus Escola de Movimento
- 20 de set.
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de out.
Não muito tempo atrás, as informações eram escassas e as fontes limitadas. O conhecimento estava nas mãos de poucos: jornais, revistas, livros e, claro, os grandes veículos de comunicação.
Hoje, vivemos no extremo oposto: O problema não é mais a falta, mas o excesso de informação. Todo mundo fala sobre tudo, e de repente todos se tornaram "especialistas" em algo. A cada minuto na internet somos bombardeados por opiniões sobre tudo, e é extremamente fácil (e proposital) se perder nesse labirinto digital, onde a linha entre um conselho profissional e uma opinião sem fundamento é cada vez mais tênue.
As famosas “fake news” se tornam especialmente perigosas quando o assunto é saúde: uma informação falsa não é apenas um engano; ela pode ter consequências reais para quem as consome. Notícias sensacionalistas sobre curas e resultados milagrosos ou dicas de saúde baseadas em falsas pesquisas, opiniões não fundamentadas, oportunismo, ingenuidade ou até irresponsabilidade de quem as promove, se espalham em uma velocidade assustadora.
É aqui que a curadoria em saúde se torna não apenas importante, mas essencial. A curadoria é a arte de escolher, de filtrar e de validar a informação.
Pergunte-se: "Em quem eu posso confiar e qual conteúdo devo consumir?"
Mais uma vez, a saúde é sobre escolhas.
Aqui vai algumas dicas que eu utilizo no meu dia-a-dia:
Estabeleça as suas prioridades e seus critérios de escolha
“Por que eu deveria seguir essa pessoa?”
Não deixe que os algoritmos te digam quem você deve ouvir
“Por que eu deveria ouvir o que essa pessoa está dizendo?”
Faça uma limpa de tempos em tempos e exclua quem não te agrega mais
“Isso ainda faz sentido para mim?”
Cerque-se de pessoas com a Pele em Jogo (Skin in the game)
“Essa pessoa faz/vive aquilo que ela está sugerindo que eu faça?”
Sempre questione as fontes
“De onde está vindo essa informação? Ela se sustenta?”
Identifique os interesses
“Por que essa pessoa está dizendo isso? O que ela tem a ganhar? Quais os possíveis interesses com isso? Ela sabe, e se sim, qual a responsabilidade que ela tem sobre o risco disso?”
