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Frustração e Aprendizagem

  • Foto do escritor: Nexus Escola de Movimento
    Nexus Escola de Movimento
  • 23 de out.
  • 2 min de leitura

Recentemente, li em "Por Que Os Generalistas Vencem Em Um Mundo De Especialistas" um capítulo que me fez parar e refletir profundamente. Ele traz um conceito chamado "Dificuldade Desejável” e usa exemplos de como as crianças aprendem melhor matemática, mas a transferência disso para a vida e, principalmente para o movimento, é automática para mim.

A grande sacada desse conceito é que a frustração não significa que você não está aprendendo, mas a facilidade sim.


Quando a gente se coloca intencionalmente num lugar onde precisa se desafiar, explorar e descobrir os próprios caminhos, o aprendizado que surge dali é muito mais significativo e duradouro. É como se o seu corpo e sua mente tivessem que trabalhar, de verdade, para resolver um problema, e essa busca interna (e externa) é o que fixa o conhecimento. É por isso que insisto na importância de ir para a prática com a mentalidade de aluno: curiosa, presente e exploradora o tempo todo.


Sair da zona de conforto (aquele lugar gostoso e quentinho) não é sobre se frustrar a ponto de desistir ou se colocar em risco. É sobre encontrar o ponto certo: onde o desafio é real, mas palpável. Aquele que é adequado para o seu interesse e momento, que te tira do automático, te faz pensar, te faz sentir, te faz errar, mas que você sabe que, com um pouco mais de persistência, é possível de ser superado.


Quase todas as pessoas que fazem algo incrível hoje, em algum momento não sabiam fazer aquilo. Vemos sempre o recorte, e não a história toda. Quantas vezes essa pessoa errou até chegar onde está? Quanto se frustrou? Quanto pensou em desistir?


Evitar a frustração é muitas vezes, no MEU ponto de vista, evitar uma oportunidade de aprender algo novo.


Mas, então, "até onde eu estou disposto a me frustrar?" e "o que eu estou ganhando com isso?" são perguntas que surgirão o tempo todo.


A resposta? Cada um que encontre a sua.


Acredito que o nosso papel como professores é menos sobre dar as respostas e mais sobre abrir portas e fazer as perguntas certas.

 
 

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